quarta-feira, junho 06, 2007

Caderno dos Delírios

Hoje parto daqui.
Daqui onde as pernas me tropeçam por não querer criar raízes. Amanhã estou aí, onde o coração me voa do peito feito nau em mar aberto. Hoje homem-castelo. Amanhã flor-de-imbondeiro. Aqui anel de fogo no celeiro. Aí fio de vento no deserto. Hoje planto acácias daí nas muralhas dos meus olhos. Amanhã canto serenatas daqui às janelas dos meus sonhos. Pouso em repouso no cimo da árvore mais alta do meu destino. E descanso de mim.
Por fim.