terça-feira, agosto 14, 2007

morreu uma miragem

Tu querias
que eu fosse o que não sou
ou sendo quem sou nunca fosse eu
mas quem o céu mais azul te prometeu.

Tu querias
que eu fosse o teu segredo
e o sendo estivesse morto e enterrado
como um poeta que saiba sonhar calado.

Tu querias
que eu fosse estrela diurna
vento e chuva em dia de calmaria
e em que me indo fosse barco e voltaria.

Tu querias
que eu fosse um pé de lima
e o querendo criasse raízes mil
mas de flores uma só e em Abril.

Tu querias
que eu fosse de areia fina
e assim sendo que em duna me tornasse
morrendo de sede na praia que eu sonhasse.